segunda-feira, dezembro 14, 2009

Crônica [parte A-1/3]

1. Descobrindo o interior
a. Prólogo

# Local

Era próximo do término do dia, o céu já escurecia, poucas nuvens pairavam, ainda assim o brilho das estrelas era fraco, havia neblina subindo com o vento e assobiando pelo local alto que era, tornando o clima frio, porém agradável, na entre-luz a vida gritava, acendiam e ascendiam, grilos e vaga-lumes, e uma coruja anuncia o início da noite. A grama úmida e baixa formando um círculo, como uma praça, outras plantas de tamanhos variados ao redor, a terra macia as abrigava e acolhia quem estivesse no ambiente, vivo ou não. Iluminados pela Lua.

# Introdução ao diálogo

Naquele local, dois seres, ali [estagnados, estáticos], fitam o olhar um do outro, e em instantâneo reconhecimento de que não pertenciam àquele lugar. De iniciativa mútua, aproximaram-se eles e durante o percurso pouco olharam um ao outro, porque nesse momento o importante não era o físico, a beleza, o corpo esbelto ou não, os cabelos despenteados e ao vento. E então preservaram suas identidades, eram até então, compreensivos com o que e quem estava à frente.

Não foi necessária a apresentação, estavam livres de qualquer preconceito, não havia inibição alguma. Como já íntimos, em pouco mais de algumas horas conversaram.

# Diálogo

- "Dizia em voz baixa, como em sussurros para o vento: "São coisas ruins, que não merecem minha lembrança. É porque é doloroso lembrar. Arrancá-las de mim machucaria, sou fraca diante de qualquer olhar apurado. Não compreendo...”

Abafou a voz e o que não merecia lembrança, sufocou todo o tumulto no que julgava ser a
escuridão de si. E de repente, de forma similar a letal, deixou escapar toda a escuridão, como se fosse libertar do âmago a iluminação.



2 comentários:

Carla disse...

Frenético nos posts.

Stella Scrummiest disse...

amei amei. Pena que meus atos não são tão belos quanto esse post. Beijos