terça-feira, outubro 11, 2011

Com carinho ...

Hoje acordei 4:20am ... era dia de prova e queria chegar cedo para estudar. Estava chovendo muito e com ventos fortíssimos [foi noticiado por aí ...]. Felizmente diminuiu logo na hora da minha saída. Fui, li muito pouco ao chegar e fiz a prova... infelizmente não fui bem.

Voltei para casa com vontade de escrever sobre a sensação de medo que senti com a chuva, e logo conectei a internet. Nesse tempo recebi a notícia, foi rápida e triste.


* Trecho da conversa *
Psiu... Tá aí ?
Positivo ! Cheguei agorinha !
Cara... notícia ruim vem a jatinho... nem quero mais falar isso com ninguém, você é o ultimo da lista. Portanto vou ser rápido e direto: O Cosme faleceu.
* Trecho da conversa *
Foi um pouco dolorido e aos poucos as lagrimas desceram... em homenagem a ele, evaporaram e decidi guardar o bom exemplo que ele foi. Tragédias só acontecem com gente boa, havia a enfermidade de seu pai e já programava o retorno agora em dezembro. Não retornará mais.


A notícia veio abalar um pouco a minha decisão de ser feliz em toda condição. Mas como mencionei, seguirei o exemplo. Nunca conheci ninguém tão fiel ao senso crítico, tão apurado. Por isso, levarei um pouco mais dele comigo. Não só eu, mas como todos os amigos que tanto sentirão falta.

No momento em que escrevo: To triste pra caralho ... Pensei nele hoje, logo que acordei... então começou a chover pra caramba ... Agora entendi que a chuva era a ruim notícia. A informação soluçada e transmitida e retransmitida tantas vezes foi algo como um acidente de trem, mas por residir em uma cidade no interior da Argentina não houve repercussão.

Aos que choram e choraram copiosamente ontem, hoje e os que marejam os olhos... À todos que ainda preferem não acreditar... O perfil dele no facebook com mensagens de amigos, inclusive dos amigos argentinos.

Obrigado Cosme.


O "de repente" e inexperado atinge com muito mais força... Só passei por situações de perda por morte com relação a idade, então havia todo um preparo, que por mais que não quiséssemos, seria inevitável... Agora essa situação de acidente ... é estranho demais ... Recebi a notícia do meu melhor amigo, então, acho que por me conhecer e por se conhecer foi assim tão direto.

"- Sequer tenho coragem de responder as perguntas dos amigos dele no facebook... E realmente concordo contigo essa perda instantânea é terrível, em um dia você esta falando com a pessoa, em outro ela se foi. Idade, doença e tudo o mais tem um preparo psicológico, ele estava tentando voltar pro rio para ajudar o pai com a doença e agora não pode mais. Agente as vezes se acha tão forte e vem a vida nos mostrar que somos tão frágeis..." [Acutirene - nome fictício]

Somos frágeis. [Rodrigo Cavaleiro]

3 comentários:

Aline disse...

Nossa...
Entrei no seu blog para ver seus posts, como de costume;e vi essa homenagem bonita e emocionada.
Ele era o tal amigo que o Daniel mencionou no sábado, né?
Perder um amigo querido deve doer muito...
Mas agora certamente ele está junto de Deus, olhando por todos, e sabe do amor e carinho de vocês por ele.
Meus sentimentos,
Aline

Tânia Meneghelli disse...

Puxa vida... Pena que tenha visto isso só agora, não estava por perto pra te dar o apoio que precisava na hora certa.

Rodrigo, essa é, sem dúvida, a dor mais doída que a gente pode sentir. Não há palavras, nem existe remédio que faça isso desaparecer da mente (e do coração), porque a morte é danada assim mesmo, irremediável. Mas o tempo se encarrega de, aos pouquinhos, fazer a dor ficar cada vez menor e colocar no lugar dela uma saudade gostosa, que vai te fazer rir ao se lembrar dos momentos legais que viveu com seu amigo.

Então, vai ser assim: ontem doeu muito, hoje um pouquinho menos, amanhã menos ainda. Paciência, vai melhorar.

E eu tô aqui, pro que der e vier, ok? Berra aí, que eu venho.

Se cuida!

Beijoca!

Gabriela Vieira disse...

Sinto muitíssimo! Meu avô faleceu três dias antes desse teu post. Não há muita coisa a ser dita, mas muito o que se descobrir. Uma destas é que só sabemos o quanto somos fortes, quando a única alternativa é ser.

Volte a escrever, a tristeza dá boa literatura!

Beijos